quando todos em derredor a perderem , e te culparem por isso
Se consegues ter confiança em ti
quando todos duvidam e, relevares que o façam,
Se consegues esperar sem te cansares por esperar
ou caluniado não responderes com calúnias, ou odiado não deres espaço ao ódio,
sem porém te fazeres demasiado bom, ou falares cheio de conhecimentos
Se consegues sonhar, sem fazeres dos sonhos teus mestres,
Se consegues pensar, sem fazeres dos pensamentos teus objetivos,
Se consegues encontrar-te com o sucesso e o fracasso
e tratares, da mesma maneira, esses dois impostores,
Se consegues suportar ouviras verdades que dizes
distorcidas pelos que te querem ver cair em armadilhas,
ou ver tudo aquilo pelo que lutaste na vida ser destruído
e reconstruíres tudo de novo, com velhas ferramentas gastas pelo tempo,
Se consegues num único passo, arriscar tudo o que conquistaste
num projeto de vida,
perderes e recomeçares de novo, sem nunca murmurares palavras da tua perda,
Se consegues fazer com que o teu coração, teus nervos e tua força
te sirvam mais uma vez, já depois de totalmente exaustos
e insistires, quando já nada tens em ti
a não ser a vontade que te diz: "persiste!"
Se consegues falar para multidões e permaneceres com as tuas virtudes,
ou andares entre reis e pobres e agires naturalmente,
Se nem inimigos, nem íntimos amigos
te conseguirem mudar,
Se todas as pessoas contam contigo
mas nenhuma demasiadamente,
Se consegues preencher o seu minuto
com sessenta segundos de esforço definitivo,
Tua é a Terra e tudo o que nela existe
e mais ainda,
tu serás um Homem, meu filho!"
(Adaptação de Paulo Lins para a tradução de Vitor Vaz da Silva
do poema "If" de Rudyard Kipling)
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